domingo, 19 de junho de 2016

Trabalho para 1º Ano: Sofistas e Sócrates

Sofistas





       

Na história do pensamento grego houve uma fase muito particular que foi extremamente importante, mas de duração relativamente curta: o período dos sofistas. Esse período compreendeu os séculos IV e V a.C. e envolveu poucos, porém grandes intelectuais, pensadores e cientistas, dentre eles:Demócrito, Protágoras, Górgias e Hipías.

Os sofistas sistematizaram e transmitiram uma série de conhecimentos estudas até os dias de hoje, dominavam técnicas avançadas de discurso e atraiam muitos aprendizes. Eles não ensinavam em um determinado local, eram conferencistas itinerantes, viajando constantemente. Os sofistas ensinavam por meio de uma designação geral de filosofia que compreendia uma série de conhecimentos não abordados pela escola regular, como: física, geometria, medicina, astronomia, retórica, artes e a filosofia em si.

Antes de mais nada, os sofistas se preocupavam em manejar minuciosamente as técnicas de discurso, a tal ponto que o interlocutor se convencesse rapidamente daquilo que estavam discursando. Para eles não interessava se o que estavam falando era verdadeiro, pois o essencial era conquistar a adesão do público ouvinte.

Contrapondo-se à maiêutica de Sócrates, a retórica dos sofistas não se propunha a levar o interlocutor a questionar-se sobre a verdade dos fatos, dos princípios éticos ou dos sentimentos, ao contrário, a retórica busca inculcar no ouvinte ideologias que sejam aproveitáveis para manipulação do povo.

Entre as maiores divergências entre o pensamento dos sofistas e o de Sócrates destaca-se o fato de os sofistas cobrarem por suas lições preços bastante elevados, enquanto Sócrates lecionava muito mais por paixão do que por uma compensação financeira. Porém cabe ressaltar que naquela época os sofistas eram os únicos capazes de desenvolver uma cultura geral aprofundada e ao mesmo tempo formar oradores eficazes.

A filosofia de vida dos sofistas adotava uma visão de mundo extremamente egoísta e utilitária diante dos problemas da atividade prática, por isso foi que Sócrates se levantou fortemente contra esta doutrina. Em resumo, os sofistas eram considerados mestres da oratória, que cobravam um alto preço dos cidadãos para aplicação e ensino de suas habilidades de discurso, que para os gregos eram fundamentais para a política. Os sofistas defendiam que a verdade surgia por meio do consenso entre os homens.


Disponível em: http://www.infoescola.com/filosofia/sofistas/


Sócrates


A Vida


Quem valorizou a descoberta do homem feita pelos sofistas, orientando-a para os valores universais, segundo a via real do pensamento grego, foi Sócrates. Nasceu Sócrates em 470 ou 469 a.C., em Atenas, filho de Sofrônico, escultor, e de Fenáreta, parteira. Aprendeu a arte paterna, mas dedicou-se inteiramente à meditação e ao ensino filosófico, sem recompensa alguma, não obstante sua pobreza. Desempenhou alguns cargos políticos e foi sempre modelo irrepreensível de bom cidadão. Combateu a Potidéia, onde salvou a vida de Alcebíades e em Delium, onde carregou aos ombros a Xenofonte, gravemente ferido. Formou a sua instrução sobretudo através da reflexão pessoal, na moldura da alta cultura ateniense da época, em contato com o que de mais ilustre houve na cidade de Péricles.

Inteiramente absorvido pela sua vocação, não se deixou distrair pelas preocupações domésticas nem pelos interesses políticos. Quanto à família, podemos dizer que Sócrates não teve, por certo, uma mulher ideal na quérula Xantipa; mas também ela não teve um marido ideal no filósofo, ocupado com outros cuidados que não os domésticos.

Quanto à política, foi ele valoroso soldado e rígido magistrado. Mas, em geral, conservou-se afastado da vida pública e da política contemporânea, que contrastavam com o seu temperamento crítico e com o seu reto juízo. Julgava que devia servir a pátria conforme suas atitudes, vivendo justamente e formando cidadãos sábios, honestos, temperados - diversamente dos sofistas, que agiam para o próprio proveito e formavam grandes egoístas, capazes unicamente de se acometerem uns contra os outros e escravizar o próximo.

Entretanto, a liberdade de seus discursos, a feição austera de seu caráter, a sua atitude crítica, irônica e a conseqüente educação por ele ministrada, criaram descontentamento geral, hostilidade popular, inimizades pessoais, apesar de sua probidade. Diante da tirania popular, bem como de certos elementos racionários, aparecia Sócrates como chefe de uma aristocracia intelectual. Esse estado de ânimo hostil a Sócrates concretizou-se, tomou forma jurídica, na acusação movida contra ele por Mileto, Anito e Licon: de corromper a mocidade e negar os deuses da pátria introduzindo outros. Sócrates desdenhou defender-se diante dos juizes e da justiça humana, humilhando-se e desculpando-se mais ou menos. Tinha ele diante dos olhos da alma não uma solução empírica para a vida terrena, e sim o juízo eterno da razão, para a imortalidade. E preferiu a morte. Declarado culpado por uma pequena minoria, assentou-se com indômita fortaleza de ânimo diante do tribunal, que o condenou à pena capital com o voto da maioria.

Tendo que esperar mais de um mês a morte no cárcere - pois uma lei vedava as execuções capitais durante a viagem votiva de um navio a Delos - o discípulo Criton preparou e propôs a fuga ao Mestre. Sócrates, porém, recusou, declarando não querer absolutamente desobedecer às leis da pátria. E passou o tempo preparando-se para o passo extremo em palestras espirituais com os amigos. Especialmente famoso é o diálogo sobre a imortalidade da alma - que se teria realizado pouco antes da morte e foi descrito por Platão no Fédon com arte incomparável. Suas últimas palavras dirigidas aos discípulos, depois de ter sorvido tranqüilamente a cicuta, foram: "Devemos um galo a Esculápio". É que o deus da medicina tinha-o livrado do mal da vida com o dom da morte. Morreu Sócrates em 399 a.C. com 71 anos de idade.


Método de Sócrates


É a parte polêmica. Insistindo no perpétuo fluxo das coisas e na variabilidade extrema das impressões sensitivas determinadas pelos indivíduos que de contínuo se transformam, concluíram os sofistas pela impossibilidade absoluta e objetiva do saber. Sócrates restabelece-lhe a possibilidade, determinando o verdadeiro objeto da ciência.

O objeto da ciência não é o sensível, o particular, o indivíduo que passa; é o inteligível, o conceito que se exprime pela definição. Este conceito ou idéia geral obtém-se por um processo dialético por ele chamado indução e que consiste em comparar vários indivíduos da mesma espécie, eliminar-lhes as diferenças individuais, as qualidades mutáveis e reter-lhes o elemento comum, estável, permanente, a natureza, a essência da coisa. Por onde se vê que a indução socrática não tem o caráter demonstrativo do moderno processo lógico, que vai do fenômeno à lei, mas é um meio de generalização, que remonta do indivíduo à noção universal.

Praticamente, na exposição polêmica e didática destas idéias, Sócrates adotava sempre o diálogo, que revestia uma dúplice forma, conforme se tratava de um adversário a confutar ou de um discípulo a instruir. No primeiro caso, assumia humildemente a atitude de quem aprende e ia multiplicando as perguntas até colher o adversário presunçoso em evidente contradição e constrangê-lo à confissão humilhante de sua ignorância. É a ironia socrática. No segundo caso, tratando-se de um discípulo (e era muitas vezes o próprio adversário vencido), multiplicava ainda as perguntas, dirigindo-as agora ao fim de obter, por indução dos casos particulares e concretos, um conceito, uma definição geral do objeto em questão. A este processo pedagógico, em memória da profissão materna, denominava ele maiêutica ou engenhosa obstetrícia do espírito, que facilitava a parturição das idéias.


Doutrinas Filosóficas


A introspecção é o característico da filosofia de Sócrates. E exprime-se no famoso lema conhece-te a ti mesmo - isto é, torna-te consciente de tua ignorância - como sendo o ápice da sabedoria, que é o desejo da ciência mediante a virtude. E alcançava em Sócrates intensidade e profundidade tais, que se concretizava, se personificava na voz interior divina do gênio ou demônio.

"Conhece-te a ti mesmo" - o lema ou máxima socrática em que Sócrates cifra toda a sua vida de sábio. O perfeito conhecimento do homem é o objetivo de todas as suas especulações e a moral, o centro para o qual convergem todas as partes da filosofia. A psicologia serve-lhe de preâmbulo, a teodicéia de estímulo à virtude e de natural complemento da ética.







Atividade


1)  Copie ou imprime o texto acima, sobre os Sofistas e Sócrates.

2) Após copiar ou imprimir o texto acima responda as perguntas.

    a) Quem foram os sofistas?

    b) Qual a diferença do pensamento dos Sofistas com o de Sócrates?

    c) Qual a filosofia dos sofistas?

    d) Quem foi Sócrates?

    e) Qual o método socrático?

    f) Qual a máxima socrática? Explique.
   g) Qual a diferença entre maiêutica e ironia?

terça-feira, 31 de maio de 2016

Grêmios Estudantis nas escolas



Confira sete perguntas e respostas para orientar a atuação do grêmio estudantil em sua escola:

1)    Quem pode participar da diretoria de um Grêmio Estudantil?
Todo aluno matriculado na escola poderá ser da Diretoria do Grêmio, desde que esteja inscrito na chapa vencedora. Em relação ao cargo, os membros da própria chapa deverão escolher qual posição terão de acordo com as áreas de interesse de cada um.
2)    Como é escolhida a data para a eleição do Grêmio Estudantil?
A data para a eleição do Grêmio deve acontecer dois dias letivos após o último dia de campanha das chapas.

3)    O Grêmio Estudantil tem direito a uma sala na unidade escolar?
 Sim. É importante que a diretoria da escola disponibilize uma sala para a sede do Grêmio.
4)    Qual a autonomia do Grêmio?
O Grêmio tem autonomia para elaborar propostas, organizar e sugerir atividades para a escola. Para executá-las, no entanto, o grupo deve contar com o apoio e a autorização da direção ou do Conselho de Escola. O grêmio tem direito de participar da organização do calendário escolar e deve articular e negociar os interesses junto à direção.
De acordo com levantamento do Núcleo de Articulação de Iniciativas com Pais e Alunos (Nuart), entre os mais de 3,3 mil grêmios atuantes em escolas estaduais, 29% dos grupos têm como foco organizar atividades esportivas. Outros 27% se dedicam na promoção de eventos culturais dentro e fora da unidade de ensino. O entretenimento é responsável pela atenção de 12% dos grêmios.
5)    O que é possível fazer com os recursos financeiros captados pelo Grêmio Estudantil?
É possível utilizar os recursos para organizar e promover atividades ou eventos do Grêmio. Como por exemplo, comprar um computador para a sala do grupo, promover uma excursão para um museu, entre outros. Nenhum membro do Grêmio pode ser remunerado. A participação é voluntária!
6)    O que acontece com os bens materiais que o Grêmio adquire depois que uma diretoria encerra seu mandato?
Quando uma diretoria encerra seu mandato, os bens adquiridos permanecem no Grêmio Estudantil. Os bens serão averiguados pelo diretor e pelo Conselho Fiscal (três alunos eleitos pelo Conselho de Representantes de Classe). É muito importante a transparência no gerenciamento e o incentivo à participação dos alunos nas decisões de aplicação dos recursos financeiros.
7)    Os integrantes do Grêmio podem sair da sala de aula quando houver necessidade?
A orientação dada aos grêmios é que evitem marcar reuniões e atividades em horários de aula. Quanto mais envolvidos com as disciplinas, com os professores e com a escola em geral, mais o grêmio saberá que propor e aprimorar. Em casos urgentes, com autorização do professor ou da direção da escola, é possível a saída de um membro.

Propostas de atuação para o Grêmio
Artigo - Sugestões de atividades para os grêmios estudantis
Cultura
• Montagens de peças de teatro
• Dança
• Exposições de desenhos, pintura e escultura
• Festas
• Shows
• Festivais de bandas
• Saraus
• Passeios a museus
• Mostras de cinema e teatro
• Oficinas culturais e de artesanato
• Semana Cultural
• Concursos literários (poesia, contos, crônicas)

Esportes
• Campeonatos de futebol, vôlei, basquete, handebol etc.
• Participação em campeonatos interescolares
• Mini-olimpíadas (corridas, saltos, basquete etc.)
• Gincanas

Política
• Palestras, debates, manifestações
• Avaliação dos diretores, professores e alunos no processo de aprendizagem
• Garantir o voto dos estudantes no Conselho Escolar
• Campanhas a favor da Cultura de Paz
• Parcerias com grêmios de outras escolas

Social
• Campanha do agasalho, alimento etc.
• Reciclagem de lixo
• Campanhas de prevenção (gravidez precoce, drogas etc.)
• Embelezamento da escola (murais, painéis, grafites)
• Grupos de discussão (preconceito, inclusão social)

Comunicação
• Rádio escolar
• Jornal dos alunos
• Participação na reunião de representantes de classe
• Participação no Conselho Escolar
 


O movimento estudantil na História do Brasil

 A juventude sempre cumpriu – e cumpre – um papel importante na História dos povos. No Brasil, também é assim. Selecionamos alguns momentos importantes em que os estudantes organizados se posicionaram, defendendo os direitos de nossa sociedade, transformando a realidade em que viviam e contribuindo ativamente na construção de um país melhor. E fizeram História.

1710 - Quando mais de mil soldados franceses invadiram o Rio de Janeiro, uma multidão de jovens estudantes de conventos e colégios religiosos enfrentou os invasores, vencendo-os e expulsando-os. 

1786 - Doze estudantes brasileiros residentes no exterior fundaram um clube secreto para lutar pela Independência do Brasil. Alguns estudantes desempenharam papel fundamental para o acontecimento da Inconfidência Mineira.

1827 - Foi fundada a primeira faculdade brasileira, a Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Este foi o primeiro passo para o desenvolvimento do movimento estudantil, que logo integrou as campanhas pela Abolição da Escravatura e pela Proclamação da República.

1897 - Estudantes da Faculdade de Direito da Bahia divulgaram, através de um documento escrito, as atrocidades ocorridas em Canudos (BA).

1901 - Fundação da Federação de Estudantes Brasileiros, que iniciou o processo de organização dos estudantes em entidades representativas.

1914 - Estudantes tiveram participação significativa na Campanha Civilista de Rui Barbosa, ocorrida em meados do século 20, e na Campanha Nacionalista de Olavo Bilac, promovida durante a 1ª Guerra Mundial.

1932 - A morte de quatro estudantes (MMDC – Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) inspirou a revolta que eclodiu na insurreição de São Paulo contra o Governo Central (Revolução Constitucionalista).

1937 - Criação da União Nacional dos Estudantes (UNE), a entidade brasileira representativa dos estudantes universitários.

1952 - Primeiro Congresso Interamericano de Estudantes, no qual se organizou a campanha pela criação da Petrobrás – “O Petróleo é Nosso”.

1963/64 - Os estudantes foram responsáveis por um dos mais importantes momentos de agitação cultural da história do país. Era a época do Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE, que produziu filmes, peças de teatro, músicas, livros e teve uma influência, que perdura até os dias de hoje, sobre toda uma geração.

1964 - Em 1º de abril, o Golpe Militar derrubou o presidente João Goulart. A partir daí foi instituída a ditadura militar no Brasil, que durou até o ano de 1985. Neste período as eleições eram indiretas, sem participação direta da população no processo de escolha de presidente e outros representantes políticos.

Os estudantes formavam uma resistência contra o regime militar, expressando-se por meio de jornais clandestinos, músicas e manifestações, apesar da intensa repressão.

1968 - Em março, morre o estudante Edson Luís, assassinado por policiais no restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro. No congresso da UNE, em Ibiúna, os estudantes reuniram-se para discutir alternativas à ditadura militar. Houve invasão da polícia, muitos estudantes foram presos, mortos ou desapareceram, evidenciando a repressão e a restrição à liberdade de expressão que eram características desse período. Em junho deste ano ocorre a passeata dos Cem Mil, que reuniu artistas, estudantes, jornalistas e a população em geral, em manifesto contra os abusos dos militares.

Em dezembro, durante o governo do general Arthur da Costa e Silva, foi assinado e decretado o Ato Institucional número 5 (AI-5) que cassou a liberdade individual, acabando com a garantia de Habeas Corpus da população.

O que é HABEAS CORPUS? É o instrumento de defesa contra atos arbitrários que ferem o direito de ir e vir de cada indivíduo.

1979 - As entidades estudantis começam a ser reativadas. Acontece a primeira eleição por voto direto na história da UNE, quando é eleito o presidente baiano Rui César Costa e Silva.

1984 - “1,2,3,4,5 mil. Queremos eleger o presidente do Brasil!!!” Diretas Já! – movimento da população, com participação fundamental dos estudantes e dos políticos progressistas, para a volta das eleições diretas para presidente no Brasil. O congresso votou a favor das eleições indiretas e Tancredo Neves foi nomeado presidente para o próximo mandato (a partir de 1985). Ficou decidido que as próximas eleições, em 1989, seriam diretas. Depois de 34 anos de eleições indiretas Fernando Collor de Melo é eleito presidente.

1992 - Acontecem sucessivas manifestações nas ruas contra a corrupção no governo, dando início ao movimento de estudantes chamado Caras Pintadas, que resultou no Impeachment do então Presidente da República, Fernando Collor de Melo.

 O que é IMPEACHMENT? É a cassação do mandato do presidente – ou outro cargo executivo – por razões de conduta que não estejam de acordo com a lei.
 Instituto Sou da Paz

Fonte: Caderno Grêmio em Forma, do Instituto Sou da Paz.
REVISTA MUNDO JOVEM....

MOVIMENTO ESTUDANTIL
A UMES SOMOS NÓS! NOSSA FORÇA E NOSSA VOZ!

https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEgdIIX-wRh7yatUAaVhWc8P0SSDmp23r5oaA1fQqDa-ZK1UVTStHXxJXjqyJmBodZ0QRaKFLOaQmiwiLb255RS5-PGDPRc4Ceqq4AduVDf4yxSlFmx_7jmMyOijeoVoHFpffDCH8YGnyyelBngUtMAB-KCItNlr3aGCPdQkJA3-8x4ETcCWp6FOmbWi=Os estudantes sempre estiveram presentes nos momentos decisivos da nossa história. Na campanha “O Petróleo é Nosso”, os estudantes foram às ruas fortalecendo o movimento puxado pelo então presidente Getúlio Vargas, que culminou na criação da nossa Petrobras.

Os estudantes não se calaram, e com força e coragem, enfrentaram interesses estrangeiros, que diziam que não tinha petróleo no Brasil, para justamente assaltarem a nossa riqueza.

Os estudantes, junto aos demais setores da sociedade brasileira, foram às ruas quando, sob a ditadura militar, as entidades estudantis eram perseguidas e impedidas de se organizarem, de debaterem os problemas do país, o que não intimidou o movimento estudantil de prosseguir lutando até a vitória com a redemocratização do país.

https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEj_PYcSDFqNS0D1JJR1eV9S5XPnED3knqIpDcNo_i4zNfLl1Yy7DqeeK158i9Lrd8mcM0A319GFkyqXwUFdCuXmf-TzsPyRLwcONUt4H-eIx8TTAYndvaOlO-dsqks04qNoi22_o0kO7K53zKBBDTo0zgcHkNI5ghM3TVyCzeh4V_hgsGdt9nxjElR0YMQ=
No governo Collor, quando se iniciou o período de abertura do nosso país aos produtos importados, que levou à quebradeira da indústria nacional, os estudantes pintaram a cara de verde e amarelo e lançaram o movimento “Cara-Pintada”, tomando as ruas do nosso país e exigindo “Fora Collor”.

A política de privatizações continuou e se aprofundou no governo FHC, provocando o levante popular em defesa das nossas empresas. A própria Petrobras entrou na lista negra de FHC, que só não conseguiu privatizá-la graças à mobilização da sociedade, à mobilização dos estudantes.

Isso demonstra o papel das organizações estudantis, do grêmio estudantil. O Dia do Estudante, 11 de Agosto, tornou-se um marco de lutas em todo o país. Foi graças a essa mobilização, à nossa mobilização, que garantimos o maior direito dos estudantes: direito ao passe livre (escolas públicas) e meia-tarifa (escolas privadas) no transporte e também à meia-entrada para todos os estudantes. Foi com nossa mobilização que garantimos a aprovação da Lei Nacional da Meia-Entrada na Câmara dos Deputados.

E o movimento segue fortalecido, exigindo educação de qualidade, uma escola de qualidade e acesso ao ensino superior. Para isso, o movimento estudantil reivindica que os investimentos na educação sejam ampliados! Essa é a nossa bandeira!
 FONTE: http://www.umes.org.br/index.php/2013-01-30-18-19-45


Relembre os principais movimentos estudantis do passado

Com a recente onda de manifestações pelo país, relembre alguns dos principais movimentos estudantis do passado e entenda como eles se relacionam com a atualidade

Não é a primeira vez que os jovens brasileiros tomam as ruas da cidade para lutar pelo que acreditam. O Brasil não presenciava uma manifestação tão grande desde os Caras-pintadas, movimento estudantil ocorrido em 1992 que tinha como objetivo lutar pelo Impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo. Para descobrir o que pensam os jovens que saem às ruas desde a ditadura militar, iniciada em1964, para lutar pelos seus direitos, a Universia Brasilrelembra os principais movimentos estudantis do passado e conversa com o professor de HistóriaDaniel Simões sobre a relação entre as manifestações passadas e as atuais lideradas peloMovimento Passe Livre
  
REGIME DITATORIAL (1964 – 1985)

 O Golpe Militar de 1964 deu início ao período ditatorial no Brasil. Em 19 de março, foi organizada uma manifestação contra as intenções de João Goulart, presidente do país na época. Essa manifestação foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu milhares de pessoas pelas ruas do centro da cidade de São Paulo.

Durante o governo de Goulart, o clima de crise e as tensões sociais apenas aumentavam a cada dia. Em 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saíram às ruas e, para evitar uma guerra civil, João Goulart deixou o país. Os militares tomaram o poder e, em 9 de abril, foi decretado o Ato Institucional N°1 (AI-1). Este ato cassou mandatos políticos de opositores ao regime militar e tirou a estabilidade de funcionários públicos.

Jovens estudantes e intelectuais começaram a se manifestar contra o regime ditatorial. Essas manifestações, porém, eram violentamente reprimidas. Em março de 1968, estudantes reclamavam em um restaurante sobre os preços elevados das refeições. Para conter o conflito, o comandante Aloísio Raposo atirou no jovem de 17 anos Edson Luís de Lima Souto.

Em 26 de junho de 1968, os militares permitiram uma passeata popular no bairro central do Rio de Janeiro. No decorrer da manifestação, 100.000 pessoas lutavam contra a repressão ditatorial do regime militar. Após esse acontecimento, o então presidente Arthur Costa e Silva reuniu-se com os líderes estudantis Franklin Martins e Marcos Medeiros. Esses estudantes pediram o fim da ditadura e a anistia aos jovens presos nas manifestações. Costa e Silva ignorou os pedidos e, para conter esses atos, aprovou o Ato Institucional N° 5 (AI-5), que proibia movimentos sociais e o direito a habeas corpus.

DIRETAS JÁ (1983-1984)

Em 1979, o regime militar tomou medidas que permitiram o retorno das liberdades democráticas no país. A reforma política abriu espaço para a formação de novos partidos e, chegado o ano de 1982, esses partidos disputaram eleições para os governos estaduais e demais cargos legislativos. Mediante esse novo quadro, membros da oposição da Câmara dos Deputados tentaram articular uma lei que instituísse o voto direto na escolha do sucessor do presidente.

Em pouco tempo, membros do PMDB, PT e PDT passaram a organizar grandes comícios onde o povo brasileiro se colava em favor da escolha direta para o cargo de presidente. Essas manifestações se transformaram no movimento das “Diretas Já!”, reconhecida como uma das maiores manifestações populares ocorridas no país e marcadas por grandes comícios onde pessoas perseguidas pela ditadura militar, artistas, intelectuais e estudantes militavam pela aprovação do projeto de lei.

Em 1984, 300.000 pessoas se reuniram na Praça da Sé, em São Paulo. Três meses depois, um milhão de cidadãos tomou o Rio de Janeiro e, pouco tempo depois, perto de 1,7 milhões de pessoas pararam as ruas de São Paulo.

Para reprimir essas manifestações, o então presidente João Figueiredo censurou a imprensa e ordenou prisões. O processo de redemocratização do Brasil terminou com a volta do poder civil em 1985, com a aprovação da nova Constituição Federal em 1988 e com a realização das eleições diretas para Presidente da República em 1989.


MOVIMENTO DOS CARAS-PINTADAS (1992)

O movimentos dos Caras-pintadas consistiu em milhares de jovens que saíram às ruas de todo o país com os rostos pintados, forma de protesto contra os acontecimentos que abalaram o governo do presidente Fernando Collor de Mello.

O Brasil realizara eleições diretas para presidente. Nessa eleição, Collor assumiu a presidência do Brasil. A partir de então, o governo do presidente começou a apresentar falhas. O Plano Collor de contenção da inflação fora um desastre completo, e denúncias de corrupção foram surgindo.

O presidente pediu para os estudantes saírem às ruas para manifestar seu apoio ao governo, utilizando peças de roupas nas cores do país. Foi então que surgiram os caras-pintadas, que apareceram com os rostos pintados de preto em repúdio às palavras de Collor.

O movimento assumiu um tom de humor, ironia e anarquia. Mesmo assim, os caras-pintadas tornaram-se ícones de um novo modo que a população descobriu de se fazer a democracia, protestando contra os seus dirigentes incompetentes ou corruptos.

E 2013 COM ISSO?

No início deste mês, uma onda de manifestações tomou a cidade de São Paulo, seguindo para outros lugares do estado e logo de todo o país. Devido ao aumento da tarifa do transporte público (de R$3,00 para R$3,20), o Movimento Passe Livre organizou protestos com o intuito de fazer com que a passagem voltasse a seu preço normal. “Se a tarifa não baixar, São Paulo vai parar” era uma das frases escritas nos cartazes levados à rua. E foi o que aconteceu: a quantidade de pessoas que aderiram ao movimento foi maior do que o esperado e o trânsito de grandes avenidas da cidade foi bloqueado pelo enorme fluxo de manifestantes.

No Quarto Ato Contra o Aumento da Passagem, houve uma repressão violenta da polícia, e até pessoas que não estavam no protesto foram feridas. A repercussão causada por isso provocou comoção em uma parte ainda maior da população que resolveu sair às ruas para apoiar o movimento. Com isso, as manifestações também despertaram nessas pessoas um desejo de lutar por seus direitos, fazendo com que os rumos dos protestos abordassem diversas outras causas políticas, como corrupção e votação de projetos de leis.

Segundo o professor Daniel Simões, as principais semelhanças entre as manifestações recentes com as que ocorreram nos último 30 anos consistem no fato de serem protagonizadas pelos jovens. “Todas elas se dirigiam a alguma forma de autoritarismo facilmente identificado na sociedade, então há um ponto em comum nas passeatas. Se antes eram dirigidas ao Estado ditatorial, agora, mesmo em um Estado democrático, ganharam muita força a partir do momento em que a polícia agiu de forma violenta”, explica.

O MPL alcançou seu objetivo da redução da tarifa que voltou aos R$3,00, porém, segundo seus organizadores, a luta não acaba aí. O intuito agora é fazer com que o uso do transporte público seja gratuito a toda a população (que é a causa que originou o movimento).

“Não sabemos se nesse momento haverá resultados concretos para além da questão da tarifa, mas a primeira coisa importante é notar que a partir daqui inicia-se um processo de amadurecimento da democracia”, diz o professor entrevistado. Portanto, é difícil concluir qual rumo será tomado a partir de agora, mas pode-se notar que os jovens brasileiros não estão mais dispostos a ficarem quietos diante daquilo que consideram errado no seu país.
 FONTE: http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2013/06/21/1032157/relembre-os-principais-movimentos-estudantis-do-passado.html