segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019


Senso Comum

          Senso Comum é a soma dos saberes do cotidiano e é formado a partir de hábitos, crenças, preconceitos e tradições.  Na filosofia, o termo é utilizado para explicar as interpretações feitas pelos indivíduos à realidade que os cercam sem estudos prévios ou provas científicas.
          O senso comum é transmitido de geração para geração nas sociedades. Por meio dele, o homem embasa o cotidiano e explica a realidade em que vive.
O senso comum tem como característica a subjetividade que reflete sentimentos e opiniões construídos por um grupo de indivíduos. Por conseguinte, pode variar de pessoa para pessoa e de grupo para grupo
           Também expressam a avaliação qualitativa, pois considera os efeitos produzidos nos nossos sentidos e órgãos, bem como nos objetos.  Determina o agrupamento de coisas, grupos e fatos. Exemplo: atualmente, temos a tendência de considerar que toda pessoa muçulmana é terrorista, por conta dos atentados cometidos por alguns indivíduos dessa religião. Deste modo, o senso comum tem a capacidade de projetar nas coisas ou no mundo sentimentos de angústia e medo, além de cristalizar pré-conceitos e prejudicar minorias e indivíduos.
            É preciso entender que o sendo comum é ligado ao instinto, à necessidade que o homem tem de ser proteger de um ambiente hostil. Na história da filosofia, o problema do senso comum sempre foi um ponto de enorme importância e grandes debates. Os filósofos clássicos, como Sócrates, Platão e Aristóteles, dedicaram-se a refletir sobre isso e situar esse tema dentro dos problemas que interessam à reflexão filosófica. Grosso modo, o sentido mais profundo da expressão “senso comum” remete ao tipo de experiência que é propriamente humana, isto é, a experiência do sofrimento ou a experiência tradicional. Um dos elementos que tornam o homem diferente das outras criaturas é a sua capacidade de refletir sobre o sofrimento, de saber que vai morrer, que pode ser acometido por catástrofes, doenças, etc.
            A experiência tradicional nos dá os elementos para a compreensão de nossa condição de seres falíveis. As tragédias antigas (tão valorizadas por Aristóteles) davam conta dessa experiência. A literatura moderna e contemporânea também o faz. Sendo assim, o senso comum é o tipo de saber que busca fornecer orientação ao homem e não deixá-lo repetir os erros do passado. Por intermédio da experiência, o homem pode exercer virtudes, como a prudência e a paciência, e aprender a não se deixar levar por aventuras emocionais, que o desviam para a irracionalidade, bem como não se deixar levar por “sonhos racionais” de progresso a qualquer custo. Como disse o pintor espanhol Goya, “O sonho da razão produz monstros”. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
               O conceito de senso comum sofreu certa desvalorização após o período do Renascimento. O humanismo renascentista foi a última corrente de reflexão que levava em conta o potencial orientador do senso comum. A partir do século XVII, sobretudo com o desenvolvimento da ciência moderna e da filosofia racionalista cartesiana, o senso comum passou, de forma geral, a ser identificado como “falta de rigor metodológico” e a ser rivalizado com o “senso crítico” ou “senso científico”. Dessa forma, até o início do século XX, eram poucas as defesas filosóficas que se faziam do senso comum, haja vista que a expressão havia sido alijada de seu sentido tradicional.
                Os filósofos ligados à fenomenologia e à hermenêutica do século XX, como HeideggerGadamer, passaram a refletir novamente sobre o senso comum, colocando-o diante do problema da historicidade, isto é, da experiência histórica humana. Autores de outras tradições, como o católico leigo G. K. Chesterton, também passaram a fazer, ao seu modo, a defesa do senso comum, sobretudo recuperando o seu sentido tradicional.

Lista de Provérbios e Ditos Populares
1.      A César o que é de César, a Deus o que é de Deus.
2.      Água mole, pedra dura, tanto bate até que fura.
3.      A pressa é a inimiga da perfeição.
4.      À noite todos os gatos são pardos.
5.      Antes só do que mal acompanhado.
6.      As aparências enganam.
7.      Apressado come cru e quente.
8.      A voz do povo é a voz de Deus.
9.      Cada macaco no seu galho.
10.  Caiu na rede, é peixe.
11.  Casa de ferreiro, espeto de pau.
12.  Cão que ladra não morde.
13.  Cavalo dado não se olha os dentes.
14.  De grão em grão, a galinha enche o papo.
15.  De médico e de louco todo mundo tem um pouco.
16.  Devagar se vai ao longe.
17.  Deus ajuda quem cedo madruga.
18.  Deus escreve certo por linhas tortas.
19.  Diz-me com quem andas e eu te direi quem és.
20.  É dando que se recebe.
21.  Em terra de cego quem tem olho é rei.
22.  Escreveu, não leu; o pau comeu.
23.  Filho de peixe, peixinho é.
24.  Gato escaldado tem medo de água fria.
25.  Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
26.  Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
27.  Mentira tem perna curta.
28.  O barato sai caro.
29.  O hábito faz o monge.
30.  Onde há fumaça há fogo.
31.  O seguro morreu de velho.
32. Para bom entendedor, meia palavra basta.
33.  Para cima todo santo ajuda.
34.  Pimenta nos olhos dos outros é refresco.
35.  Por ele eu ponho minha mão no fogo.
36.  Quando os porcos bailam adivinham chuva.
37.  Quando um burro fala, o outro abaixa a orelha.
38.  Quem ama o feio, bonito lhe parece.
39.  Quem canta seus males espanta.
40.  Quem casa quer casa.
41.  Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
42.  Quem mistura-se com porcos, farelo come.
43.  Quem não tem cão, caça com gato.
44.  Quem pode, pode; quem não pode, se sacode.
45.  Quem ri por último ri melhor.
46.  Quem semeia vento, colhe tempestade.
47.  Quem tem boca vai a Roma.
48.  Saco vazio não para em pé.
49.  Uma andorinha sozinha não faz verão.
50.  Um dia é da caça, outro do caçador.



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Disponível em: < https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/senso-comum.htm > acesso dia, 25 de fevereiro de 2019