Racionalismo
Por Antonio Gasparetto Junior
O Racionalismo é uma corrente filosófica
baseada nas operações mentais para definir a viabilidade e efetividade das
proposições apresentadas.Essa corrente surgiu como doutrina no século I antes
de Cristo para enfatizar que tudo que é existente é decorrente de uma causa.
Muito tempo depois, já na Idade Moderna, os filósofos racionalistas
adotaram a matemática como elemento para expandir a ideia de razão e a
explicação da realidade. Dentre seus adeptos, destacou-se o francês René
Descartes que elaborou um método baseado na geometria e nas regras
do método científico. Suas ideias influenciaram diversos outros
intelectuais, como Spinoza e Leibniz. Este, por exemplo,
desenvolveu o método de cálculo infinitesimal e defendeu o Racionalismo dizendo
que algumas ideias e princípios são percebidos pelos nossos sentidos, mas não
estão neles as origens. Seus argumentos tinham grande amparo da geometria, da lógica
e da aritmética. As elaborações de Descartes também impulsionaram muito o
método científico em função das quatro regras que utilizou para elaborar seu
método racionalista. As regras diziam que jamais se deveria acolher algo como
verdadeiro enquanto não fosse verificado, que era preciso fragmentar as
dificuldades para examiná-las mais de perto, que era preciso impor ordem aos
pensamentos e, por fim, fazer enumerações e revisões para não correr
o risco de omissões.A partir da Idade Moderna, o Racionalismo obteve
grande crescimento como corrente filosófica e não se pode desvincular essas
ideias das aplicações matemáticas. Tradicionalmente, o Racionalismo era
definido pelo raciocínio como operação mental, discursiva e lógica para extrair
conclusões. As inovações humanas apresentadas com o advento do
Renascimento consolidaram o Racionalismo com o acréscimo de elaborações e
verificações matemáticas. Para o Racionalismo, tudo tem uma causa inteligível,
mesmo que não possa ser demonstrada empiricamente. O Racionalismo foi
importante elemento do mundo Moderno para superar o mundo Medieval, pois
privilegia a razão em detrimento das experiências do mundo sensível, ou seja, o
método mítico como se tinha acesso ao conhecimento durante a Idade Média.
Assim, o Racionalismo é baseado na busca da certeza e da demonstração.O
Racionalismo se tornou central ao pensamento liberal, que, por sua vez,
pretende propor e estabelecer caminhos para alcançar determinados fins em nome
do interesse coletivo. Assim, o Racionalismo está na base do planejamento da
organização econômica e espacial da reprodução social, abrindo espaço para as
soluções racionais de problemas econômicos e/ou urbanos com base em soluções
técnicas e eficazes.
Fontes:http://www.usp.br/fau/docentes/depprojeto/c_deak/CD/4verb/racio/index.html
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/descartes/conhecimento.htmhttp://www.youtube.com/watch?v=DCNU-HDo2bY
Racionalismo de Descartes
Como corrente filosófica, o racionalismo nasce com
Descartes, e atinge o seu auge em B. Espinoza, G. W. Leibniz e Ch. Wolff. O
racionalismo cartesiano indica que só é possível chegar ao conhecimento da
Verdade através da razão do ser humano.Para Descartes, existiam três categorias
de ideias: as adventícias, as factícias e as inatas. As
adventícias representam as ideias que surgem através de dados obtidos pelos
nossos sentidos; factícias são as ideias que têm origem na nossa imaginação; e
as ideias inatas, que não dependem da experiência e estão dentro de nós desde
que nascemos. Segundo Descartes, conceitos matemáticos e a noção da existência
de Deus eram exemplos de ideias inatas.
DESCARTES E O RACIONALISMO
O RACIONALISMO
-O Racionalismo é uma corrente que defende que a
origem do conhecimento é a razão.-Os racionalistas acreditam que só a razão
pode levar a um conhecimento rigoroso.-Os racionalistas desvalorizam os
sentidos e a experiência devido à sua falta de rigor.-Os racionalistas possuem
uma visão optimista da razão porque acreditam que ela possibilita o
conhecimento humano.
DESCARTES (1596-1650)
-Sendo um racionalista convicto, Descartes procurou
combater os cépticos e reabilitar a razão.-Os cépticos duvidavam ou negavam
mesmo que a razão pudesse conduzir ao conhecimento.-Descartes vai procurar
demonstrar que a razão é a origem do conhecimento humano.
DESCARTES E O MÉTODO
-Para mostrar que a razão pode atingir um
conhecimento verdadeiro, Descartes vai criar um método.-Este método tem como
objectivo a obtenção de uma verdade indiscutível. -De entre as regras do
método, pode destacar-se a regra da evidência. -Esta regra diz-nos para
não aceitarmos como verdadeiro tudo que possa deixar dúvidas.-A dúvida é,
portanto, um elemento muito importante do método.
A DÚVIDA
-Recusando tudo que possa suscitar incerteza, a
dúvida afirma-se como um modo de evitar o erro.-A dúvida é um instrumento da
razão na busca da verdade. -A dúvida procura impedir a razão de considerar
verdadeiros conhecimentos que não merecem esse nome.
CARACTERÍSTICAS DA DÚVIDA
-A dúvida é: »metódica (faz parte de um método que
procura o conhecimento verdadeiro);»provisória (é temporária, isto é,
pretende-se ultrapassá-la e chegar à verdade); »hiperbólica (exagerada
propositadamente, para que nada lhe escape); »universal (aplica-se a todo
o conhecimento em geral); »radical (incide sobre os fundamentos, as bases
de todo o conhecimento); »uma suspensão do juízo (ao duvidar evitam-se os
erros e os enganos); »catártica (purifica e liberta a mente de falsos conhecimentos); »um
exercício voluntário e autónomo (não é imposta, é uma iniciativa pessoal); »uma
prova rigorosa (nada será aceite como verdadeiro sem ser posto em dúvida);»um
exame rigoroso (que afasta tudo que possa ser minimamente duvidoso).
NÍVEIS DE APLICAÇÃO DA DÚVIDA
-Descartes vai aplicar a dúvida a tudo que possa
causar incerteza, nomeadamente: »as informações dos sentidos;
»as nossas opiniões, crenças e juízos precipitados;
»as realidades físicas e corpóreas e, duma maneira
geral, tudo que julgamos real; »os conhecimentos matemáticos;
»também Deus é submetido à prova rigorosa da
dúvida, uma vez que Descartes coloca a hipótese de Deus poder ser enganador ou
um génio do mal.
-A dúvida hiperbólica e radical e a possibilidade
de Deus ser enganador parecem levar a um beco sem saída. Quer dizer, torna-se
quase impossível acreditar que a razão humana pode alcançar conhecimentos
verdadeiros. No entanto, há uma saída.
O COGITO (PENSO, LOGO, EXISTO)
-A dúvida irá conduzir a razão a uma primeira verdade
incontestável. -Mesmo que se duvide ao máximo, não se pode duvidar da
existência daquele que duvida.-A dúvida é um acto do pensamento e não pode
acontecer sem um autor. -Chegamos então à primeira verdade: «penso, logo,
existo» (cogito ergo sum). -Toda a mente humana sabe de forma clara e
distinta que, para duvidar, tem que existir.-A verdade, para Descartes, deve
obedecer aos critérios da clareza e distinção. -A verdade «eu penso, logo,
existo» é uma evidência. Trata-se de um conhecimento claro e distinto que irá
servir de modelo para todas as verdades que a razão possa alcançar.-Este tipo
de conhecimento deve-se exclusivamente ao exercício da razão e não dos
sentidos.-Descartes mostrou que a razão, só por si, é capaz de produzir
conhecimentos verdadeiros, pois ela alcançou uma verdade inquestionável. -Mas
apesar da razão ter chegado ao conhecimento verdadeiro, ainda não está excluída
a hipótese do Deus enganador.-Descartes considera fundamental demonstrar a
existência de Deus, um Deus que traga segurança e seja garantia das verdades.
A EXISTÊNCIA DE DEUS
-Descartes considera que termos a percepção que
existimos não chega para a fundamentação do conhecimento.-Para Descartes, é
essencial descobrir a causa de o nosso pensamento funcionar como funciona e explicar
a causa da existência do sujeito pensante. -Descartes parte das ideias que
estão presentes no sujeito para provar a existência de Deus.-As ideias que
qualquer indivíduo possui são de três tipos: adventícias, factícias e
inatas.-Uma das ideias inatas que todos nós temos na mente é a ideia de
perfeição. É esta ideia que Descartes vai usar como ponto de partida para as
provas da existência de Deus.
PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS
-Descartes apresenta três provas:
»1ª prova: sendo Deus perfeito, tem que
existir. Não é possível conceber Deus como perfeição e não existente»2ª prova:
a causa da ideia de perfeito não pode ser o ser pensante porque este é
imperfeito. A ideia de perfeição só pode ter sido criada por algo perfeito,
Deus.»3ª prova: o ser pensante não pode ter sido o criador de si próprio, pois
se tivesse sido ter-se-ia criado perfeito. Só a perfeição divina pode ter sido
a criadora dor ser imperfeito e finito que é o homem e de toda a realidade.
A IMPORTÂNCIA DE DEUS NO SISTEMA CARTESIANO E A
QUESTÃO DOS ERROS DO SER HUMANO
-Deus, sendo perfeito, não pode ser enganador.
Enquanto perfeição, Deus é garantia da verdade das nossas ideias claras e
distintas (por exemplo: 2+2=4 ou «penso,logo, existo»).-Se Deus é perfeito e
criador do homem e da realidade, então é também o criador das verdades
incontestáveis e o fundamento da certeza.-Segundo Descartes, é Deus que garante
a adequação entre o pensamento evidente (verdadeiro) e a realidade, conferindo
assim validade ao conhecimento.-Deus é a perfeição, ou seja, é o bem, a
virtude, a eternidade, logo, não poderá ser o autor do mal nem responsável
pelos nossos erros.-Se Deus não existisse e não fosse perfeito, não teríamos a
garantia da verdade dos conhecimentos produzidos pela razão, nem teríamos a
garantia de que um pensamento claro e distinto corresponde a uma evidência,
isto é, a uma verdade incontestável. Se Deus não é enganador, então as nossas
evidências racionais são absolutamente verdadeiras.-Se Deus não existisse, para
Descartes, seria «o caos» e nunca poderíamos ter a garantia do funcionamento
coerente da nossa razão nem ter noção de como se tornou possível a nossa
existência.-Os erros do ser humano resultam de um uso descontrolado da vontade,
quando esta se sobrepõe à razão.-Erramos quando usamos mal a nossa liberdade e
quando aceitamos como evidentes afirmações que o não são, logo, Deus não é
responsável pelos nossos erros mas é garantia das verdades alcançadas pela
razão humana.
Fonte: http://fil11.blogspot.com.br/2008/02/descartes-e-o-racionalismo.html
Empirismo
Por Thais Pacievitch
O empirismo é uma doutrina filosófica
que tem como principal teórico o inglês John Locke (1632-1704), que defende uma
corrente a qual chamou de Tabula Rasa. Esta corrente afirma que as pessoas nada
conhecem, como uma folha em branco. O conhecimento é limitado às experiências
vivenciadas, e as aprendizagens se dão por meio de tentativas e
erros.Entende-se por empírico aquilo que pode ter sua veracidade ou falsidade
verificada por meio dos resultados de experiências e observações. Teorias
não bastam, somente através da experiência, de fatos ocorridos observados, um
conhecimento é considerado pelo empirista.A percepção
do Mundo externo e a abstração da realidade realizada na mente humana
são o que faz o homem adquirir sabedoria, segundo o empirismo. Embora tenha se
baseado no cartesianismo de René Descartes, ao contrário deste, Locke não
aceita a existência de idéias inatas resultantes da capacidade de pensar da
razão.Segundo a teoria de Locke (com a qual concordavam os demais empiristas),
a razão, tem a função de organizar os dados empíricos, apenas unir uns dados
aos outros, que lhe chegam através da experiência. Segundo Locke, “nada pode
existir na mente que não tenha passado antes pelos sentidos”, ou seja, as
idéias surgem da experiência externa (via sensação), ou interna
(via reflexão), e podem ser classificadas em simples (como a idéia de
largura, que vêm da visão) ou compostas (a idéia de doença, resultado de uma
associação de idéias).Nesse sentido, qualquer afirmação de cunho metafísico era
rejeitada no Empirismo, pois para essas afirmações não há experimentação,
testes ou controles possíveis.Outro importante teórico empirista foi o
escocês David Hume (1711-1776), que contribuiu com a epistemologia ao
discutir o princípio da causalidade. Segundo Hume, não existe conexão causal, e
sim uma seqüência temporal de eventos, que pode ser observada.Além de John
Locke e David Hume, outros filósofos que são associados ao empirismo são:
Aristóteles, Tomás de Aquino, Francis Bacon, Thomas Hobbes, George Berkeley e
John Stuart Mill.O empirismo causou uma grande revolução na ciência, pois
graças à valorização das experiências e do conhecimento científico, o homem
passou a buscar resultados práticos, buscando o domínio da natureza. A partir
do empirismo surgiu a metodologia científica.
O que é Empirismo:
Empirismo é um movimento que
acredita nas experiências como únicas, e são essas experiências que
formam ideias. O empirismo é caracterizado pelo conhecimento científico, quando
a sabedoria é adquirida por percepções; pela origem das idéias, por onde se
percebem as coisas, independente de seus objetivos ou significados.
Etimologicamente, este termo possui uma dupla
origem. A palavra pode ter surgido a partir do latim e também de uma expressão
grega, derivando de um uso mais específico, utilizado para nomear médicos que
possuem habilidades e conhecimentos de experiências práticas e não da instrução
da teoria.O empirismo consiste em uma teoria epistemológica que indica que todo
o conhecimento é um fruto da experiência, e por isso, uma consequência dos
sentidos. A experiência estabelece o valor, a origem e os limites do
conhecimento.Sendo uma teoria que se opõe ao racionalismo, o empirismo critica
a metafísica e conceitos como os de causa e substância. Segundo o empirismo, a mente
humana é uma "folha em branco" ou uma "tábula rasa", onde
são gravadas impressões externas. Por isso, não reconhece a existência de
ideias natas, nem do conhecimento universal. Os autores mais importantes do
empirismo foram John Locke, Francis Bacon, David Hume e John Stuart Mill.Nos
dias de hoje, o empirismo lógico é conhecido como neopositivismo,
criado pelo círculo de Viena. Dentro do empirismo, existem três linhas
empíricas: a integral, a moderada e a científica.Na ciência, o empirismo é
utilizado quando falamos no método científico tradicional, que é originário do
empirismo filosófico, que defende que as teorias científicas devem ser baseadas
na observação do mundo, em vez da intuição ou da fé, como lhe foi passado.O
empirismo foi definido pela primeira vez pelo filósofo inglês John Locke,
no século XVII. Locke argumentou que a mente seria, um "quadro em
branco" sobre o qual é gravado o conhecimento, cuja base é a sensação, ou
seja, todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido pela experiência,
pela tentativa e erro.
Empirismo e Racionalismo
O Empirismo e Racionalismo são duas
correntes opostas. O Racionalismo aborda o tema do conhecimento a partir das
ciências exatas, enquanto o Empirismo dá mais importância às ciências
experimentais.Segundo o Racionalismo, o conhecimento é alcançado fazendo um bom
uso da razão, e não dos sentidos, porque a informação obtida através dos
sentidos pode estar errada, porque é possível haver engano naquilo que se ouve
ou vê.Empirismo e IluminismoO Iluminismo, também conhecido como
"Época das Luzes", foi um período de transformações na estrutura
social, principalmente na Europa, onde os temas giravam em torno da Liberdade,
do Progresso e do Homem. Ao contrário do empirismo, o iluminismo dava grande
importância à razão, procurando sempre mobilizar o seu poder.Empirismo e
CriticismoO Criticismo é uma corrente filosófica que indica a razão como
imprescindível para se alcançar o conhecimento, não havendo a necessidade do
recurso aos sentidos.Immanuel Kant, criador do criticismo, usou essa filosofia
para trazer um ponto comum entre o empirismo e racionalismo. Kant afirma que a
sensibilidade e o entendimento são duas faculdades importantes na obtenção do
conhecimento, sendo que a informação captada pelos sentidos vai ser modelada
pela razão.
Filósofos que defenderam ideias ligadas ao
empirismo:
- Aristóteles- Tomás de Aquino- Francis Bacon-
Thomas Hobbes- John Locke (considerado o “pai” do empirismo filosófico)- George
Berkeley- David Hume- John Stuart Mill
CeticismoPor Antonio Gasparetto Junior
O Ceticismo Filosófico é exatamente esse
que começa com a escola de Pirro e que se expandiu pela chamada “Nova
Academia” que ampliou as perspectivas teóricas, refutando verdades absolutas e
mentiras. Seus seguidores alegavam a impossibilidade de alcançar o total
conhecimento e adotaram métodos empíricos para afirmar seus conhecimentos.
Assim, o Ceticismo Filosófico se dedicou a examinar criticamente o conhecimento
e a percepção sobre a verdade.
O Ceticismo Científico tem, naturalmente,
ligação com o Ceticismo Filosófico, que é a base de tudo. Porém não são
idênticos e muitos dos praticantes do Ceticismo Científico não concordam as
proposições da corrente filosófica. A corrente científica é a contemporânea, as
pessoas que se identificam como céticas são aquelas que apresentam uma posição
crítica geralmente baseando-se no pensamento crítico e nos métodos
científicos para constatar a validade das coisas. Assim, ganha muita
importância a evidência empírica, o que não quer dizer que os céticos façam seu
uso constantemente. A necessidade de evidências científicas é mais
recorrente na área da saúde, onde os experimentos não podem colocar em risco a
vida das pessoas.Entre os céticos há os chamados desenganadores que dedicam-se
ao combate contra o charlatanismo, expondo suas práticas falsas e
não-científicas. Os religiosos afetados por esses indivíduos, quando chamados a
provar suas convicções, preferem atingir pessoalmente os céticos e não discutir
suas práticas. Por outro lado, há também o pseudo-ceticismo, que, invés de
manter o perfil de questionamento, partem logo para a negação. Assim, o
Ceticismo pode levar a um ciclo vicioso e tornar seu praticante em um fanático
tecnológico.Fontes:http://ceticismo.net/ceticismo/o-ceticismo/http://www.cfh.ufsc.br/~conte/ceticismo.html
O que é Ceticismo:
Ceticismo é um estado de
quem duvida de tudo, de quem é descrente. Um indivíduo cético
caracteriza-se por ter predisposição constante para a dúvida, para a
incredulidade.O ceticismo é um sistema filosófico fundado pelo filósofo grego
Pirro (318 a.C.-272 a.C.), que tem por base a afirmação de que o homem não tem
capacidade de atingir a certeza absoluta sobre uma verdade ou conhecimento
específico. No extremo oposto ao ceticismo como corrente filosófica encontra-se
o dogmatismo.O cético questiona tudo o que lhe é apresentado como verdade e não
admite a existência de dogmas, fenômenos religiosos ou metafísicos.O cético
pode usar o pensamento crítico e o método científico (ceticismo científico)
como tentativa de comprovar a veracidade de alguma tese. No entanto, o recurso
ao método científico não é uma necessidade imperiosa para o cético, podendo
muitas vezes preferir a evidência empírica para atestar a validade das suas
ideias.Ceticismo filosóficoO ceticismo filosófico teve a sua origem na
filosofia grega e consistia em uma negação da validade fundamental de algumas
teses ou correntes filosóficas.Este tipo de ceticismo pressupõe uma atitude que
duvida da noção de verdade absoluta ou conhecimento absoluto. O ceticismo
filosófico se opôs a correntes como o Estoicismo e Dogmatismo.
Ceticismo absoluto e relativo
O ceticismo pode ter alguns graus de intensidade.
Como o próprio nome indica, o ceticismo absoluto, criado por Górgia, revela que
não é possível conhecer a verdade, porque os sentidos enganam. Assim, tudo é
considerado como uma ilusão.Por outro lado, o ceticismo relativo não nega tão
veementemente a possibilidade de conhecer a verdade, negando apenas em parte a
possibilidade do conhecimento, mas ao mesmo tempo admitindo que existe uma
probabilidade. Algumas correntes que apresentavam ideias do ceticismo relativo
são: pragmatismo, relativismo, probabilismo e subjetivismo.
Ceticismo e dogmatismo.
Segundo o filósofo Immanuel Kant, o ceticismo é o
oposto do dogmatismo. Enquanto o dogmatismo indica uma crença numa verdade
absoluta e indiscutível, o ceticismo é próprio de uma atitude de dúvida em
relação a essas verdades ou à capacidade de solucionar definitivamente questões
filosóficas.
Ceticismo científico
O ceticismo científico indica uma atitude baseada
no método científico, que pretende questionar a verdade de uma hipótese ou tese
científica, tentando apresentar argumentos que a comprovem ou neguem.
Ceticismo religioso
Frequentemente, o ceticismo é visto como uma
atitude oposta à fé. Assim, o ceticismo religioso duvida das tradições e
cultura religiosa, questionando também as noções e ensinamentos transmitidos
pelas religiões.
O que é Cético:
Cético é um adjetivo que serve para caracterizar um indivíduo que é
apoiante do ceticismo. O cético é uma pessoa que não acredita,
que duvida ou se apresenta como incrédulo ou descrente.
As escolas céticas surgiram na Antiguidade como uma
crítica à excessiva confiança na capacidade de resolver definitivamente as
questões filosóficas (dogmatismo). O ceticismo radical de Pirro de
Élis (século III A.C.) punha em dúvida a possibilidade de decidir acerca da
verdade de todo o enunciado.
A nova Academia (Argesilau, Carnêades) buscava um
critério de verosimilhança ou probabilidade. O ceticismo tardio era
ligado ao ceticismo antigo, mas se preocupou, sobretudo, em estudar
as normas do comportamento prático.
O cético é também um sujeito que se recusa a
aceitar uma ideia ou teoria com base na sua popularidade ou na autoridade que
representa ou impõe essa ideia.
Muitas pessoas acreditam que há vida inteligente em
outros planetas, mas eu sou cético a respeito disso.
Céticos do aquecimento global e do clima
A partir do momento em que o aquecimento global
começou a ser um assunto muito debatido, a climatologia se transformou uma área
científica capaz de produzir muita polêmica. Em todo o mundo existem estações
meteorológicas que fazem pesquisa climática, recolhendo dados com o propósito
de ajudar os cientistas a criar modelos informáticos que possibilitem o
acompanhamento das alterações climáticas no mundo.
Os céticos do aquecimento global que é causado pelo
homem (chamado de antropogênico), não são incrédulos a respeito do aquecimento
global em si, mas acreditam que o ser humano e sua atividade não são
responsáveis por esse aquecimento.
O professor da USP, Ricardo Augusto Felício, afirma
que não há provas científicas que suportem o aquecimento global. De igual forma,
o climatologista indica que o nível do mar não está subindo; o efeito estufa é
uma física impossível e a camada de ozônio é uma coisa que não existe. Ele
também revela que todas essas hipóteses têm interesses econômicos escondidos
por trás.
O Ceticismo é a doutrina do
constante questionamento. O termo Ceticismo é de origem grega e significa
exame, seu fundador foi Pirro, no século IV a.C.. Pintor nascido no
Peloponeso, não deixou nenhum escrito filosófico sobre o assunto, mas desenvolveu
um grande interesse por filosofia que o levou a fundar uma escola filosófica
que garantiu sua reputação entre os contemporâneos. Pirro deixou como discípulo
Tímon, que, por sua vez, produziu uma vasta obra escrita da qual só nos
restaram alguns fragmentos. A escola cética criada por Pirro passa por um
período de escuridão com a morte de seu fundador e renasce com Enesidemo, cujo
período de vida não é muito bem determinado, porém sua obra é muito conhecida.
A partir daí aparecem com destaque os nomes de Agripa, Sexto Empírico e Antíoco
de Laodicéia. Até que chega ao fim o período do chamado Ceticismo Antigo.Como
corrente doutrinária, o ceticismo argumenta que não é possível afirmar sobre a
verdade absoluta de nada, é preciso estar em constante questionamento, sobretudo,
em relação aos fenômenos metafísicos, religiosos e dogmáticos. Com o passar do
tempo, o Ceticismo se dividiu em duas linhas, o filosófico e o científico.
Orientações do Trabalho
Grupo 1: Racionalismo
Grupo 2: Empirismo
Grupo 3: Ceticismo
1) O grupo após formado e escolhido o
tema deverá estudar o tema relacionado acima.
2) Cada grupo deve organizar uma
apresentação para os demais alunos da sala
* A apresentação
deve ser apresentada por todos os alunos. TODOS.
*Cada aluno será
avaliado de forma individual e integral
3) O grupo deverá organizar um trabalho
escrito nos formatos da ABNT. As orientações seguem ai no blog.
* O grupo deverá
fazer o trabalho escrito e de forma manual. Não poderão ser impresso. Podendo
ter a letra de um ou mais integrantes do grupo.
4) Data da apresentação: 27 de maio de
2015
5) Data de entrega do trabalho escrito:
04 de junho de 2015
Observações: Caso tenha algum
imprevisto as datas serão passiveis de mudança.
Qualquer dúvida estou a disposição pela
rede social facebook: Guilherme Caiado
Racionalismo
Por Antonio Gasparetto Junior
O Racionalismo é uma corrente filosófica
baseada nas operações mentais para definir a viabilidade e efetividade das
proposições apresentadas.Essa corrente surgiu como doutrina no século I antes
de Cristo para enfatizar que tudo que é existente é decorrente de uma causa.
Muito tempo depois, já na Idade Moderna, os filósofos racionalistas
adotaram a matemática como elemento para expandir a ideia de razão e a
explicação da realidade. Dentre seus adeptos, destacou-se o francês René
Descartes que elaborou um método baseado na geometria e nas regras
do método científico. Suas ideias influenciaram diversos outros
intelectuais, como Spinoza e Leibniz. Este, por exemplo,
desenvolveu o método de cálculo infinitesimal e defendeu o Racionalismo dizendo
que algumas ideias e princípios são percebidos pelos nossos sentidos, mas não
estão neles as origens. Seus argumentos tinham grande amparo da geometria, da lógica
e da aritmética. As elaborações de Descartes também impulsionaram muito o
método científico em função das quatro regras que utilizou para elaborar seu
método racionalista. As regras diziam que jamais se deveria acolher algo como
verdadeiro enquanto não fosse verificado, que era preciso fragmentar as
dificuldades para examiná-las mais de perto, que era preciso impor ordem aos
pensamentos e, por fim, fazer enumerações e revisões para não correr
o risco de omissões.A partir da Idade Moderna, o Racionalismo obteve
grande crescimento como corrente filosófica e não se pode desvincular essas
ideias das aplicações matemáticas. Tradicionalmente, o Racionalismo era
definido pelo raciocínio como operação mental, discursiva e lógica para extrair
conclusões. As inovações humanas apresentadas com o advento do
Renascimento consolidaram o Racionalismo com o acréscimo de elaborações e
verificações matemáticas. Para o Racionalismo, tudo tem uma causa inteligível,
mesmo que não possa ser demonstrada empiricamente. O Racionalismo foi
importante elemento do mundo Moderno para superar o mundo Medieval, pois
privilegia a razão em detrimento das experiências do mundo sensível, ou seja, o
método mítico como se tinha acesso ao conhecimento durante a Idade Média.
Assim, o Racionalismo é baseado na busca da certeza e da demonstração.O
Racionalismo se tornou central ao pensamento liberal, que, por sua vez,
pretende propor e estabelecer caminhos para alcançar determinados fins em nome
do interesse coletivo. Assim, o Racionalismo está na base do planejamento da
organização econômica e espacial da reprodução social, abrindo espaço para as
soluções racionais de problemas econômicos e/ou urbanos com base em soluções
técnicas e eficazes.
Fontes:http://www.usp.br/fau/docentes/depprojeto/c_deak/CD/4verb/racio/index.html
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/descartes/conhecimento.htmhttp://www.youtube.com/watch?v=DCNU-HDo2bY
Racionalismo de Descartes
Como corrente filosófica, o racionalismo nasce com
Descartes, e atinge o seu auge em B. Espinoza, G. W. Leibniz e Ch. Wolff. O
racionalismo cartesiano indica que só é possível chegar ao conhecimento da
Verdade através da razão do ser humano.Para Descartes, existiam três categorias
de ideias: as adventícias, as factícias e as inatas. As
adventícias representam as ideias que surgem através de dados obtidos pelos
nossos sentidos; factícias são as ideias que têm origem na nossa imaginação; e
as ideias inatas, que não dependem da experiência e estão dentro de nós desde
que nascemos. Segundo Descartes, conceitos matemáticos e a noção da existência
de Deus eram exemplos de ideias inatas.
DESCARTES E O RACIONALISMO
O RACIONALISMO
-O Racionalismo é uma corrente que defende que a
origem do conhecimento é a razão.-Os racionalistas acreditam que só a razão
pode levar a um conhecimento rigoroso.-Os racionalistas desvalorizam os
sentidos e a experiência devido à sua falta de rigor.-Os racionalistas possuem
uma visão optimista da razão porque acreditam que ela possibilita o
conhecimento humano.
DESCARTES (1596-1650)
-Sendo um racionalista convicto, Descartes procurou
combater os cépticos e reabilitar a razão.-Os cépticos duvidavam ou negavam
mesmo que a razão pudesse conduzir ao conhecimento.-Descartes vai procurar
demonstrar que a razão é a origem do conhecimento humano.
DESCARTES E O MÉTODO
-Para mostrar que a razão pode atingir um
conhecimento verdadeiro, Descartes vai criar um método.-Este método tem como
objectivo a obtenção de uma verdade indiscutível. -De entre as regras do
método, pode destacar-se a regra da evidência. -Esta regra diz-nos para
não aceitarmos como verdadeiro tudo que possa deixar dúvidas.-A dúvida é,
portanto, um elemento muito importante do método.
A DÚVIDA
-Recusando tudo que possa suscitar incerteza, a
dúvida afirma-se como um modo de evitar o erro.-A dúvida é um instrumento da
razão na busca da verdade. -A dúvida procura impedir a razão de considerar
verdadeiros conhecimentos que não merecem esse nome.
CARACTERÍSTICAS DA DÚVIDA
-A dúvida é: »metódica (faz parte de um método que
procura o conhecimento verdadeiro);»provisória (é temporária, isto é,
pretende-se ultrapassá-la e chegar à verdade); »hiperbólica (exagerada
propositadamente, para que nada lhe escape); »universal (aplica-se a todo
o conhecimento em geral); »radical (incide sobre os fundamentos, as bases
de todo o conhecimento); »uma suspensão do juízo (ao duvidar evitam-se os
erros e os enganos); »catártica (purifica e liberta a mente de falsos conhecimentos); »um
exercício voluntário e autónomo (não é imposta, é uma iniciativa pessoal); »uma
prova rigorosa (nada será aceite como verdadeiro sem ser posto em dúvida);»um
exame rigoroso (que afasta tudo que possa ser minimamente duvidoso).
NÍVEIS DE APLICAÇÃO DA DÚVIDA
-Descartes vai aplicar a dúvida a tudo que possa
causar incerteza, nomeadamente: »as informações dos sentidos;
»as nossas opiniões, crenças e juízos precipitados;
»as realidades físicas e corpóreas e, duma maneira
geral, tudo que julgamos real; »os conhecimentos matemáticos;
»também Deus é submetido à prova rigorosa da
dúvida, uma vez que Descartes coloca a hipótese de Deus poder ser enganador ou
um génio do mal.
-A dúvida hiperbólica e radical e a possibilidade
de Deus ser enganador parecem levar a um beco sem saída. Quer dizer, torna-se
quase impossível acreditar que a razão humana pode alcançar conhecimentos
verdadeiros. No entanto, há uma saída.
O COGITO (PENSO, LOGO, EXISTO)
-A dúvida irá conduzir a razão a uma primeira verdade
incontestável. -Mesmo que se duvide ao máximo, não se pode duvidar da
existência daquele que duvida.-A dúvida é um acto do pensamento e não pode
acontecer sem um autor. -Chegamos então à primeira verdade: «penso, logo,
existo» (cogito ergo sum). -Toda a mente humana sabe de forma clara e
distinta que, para duvidar, tem que existir.-A verdade, para Descartes, deve
obedecer aos critérios da clareza e distinção. -A verdade «eu penso, logo,
existo» é uma evidência. Trata-se de um conhecimento claro e distinto que irá
servir de modelo para todas as verdades que a razão possa alcançar.-Este tipo
de conhecimento deve-se exclusivamente ao exercício da razão e não dos
sentidos.-Descartes mostrou que a razão, só por si, é capaz de produzir
conhecimentos verdadeiros, pois ela alcançou uma verdade inquestionável. -Mas
apesar da razão ter chegado ao conhecimento verdadeiro, ainda não está excluída
a hipótese do Deus enganador.-Descartes considera fundamental demonstrar a
existência de Deus, um Deus que traga segurança e seja garantia das verdades.
A EXISTÊNCIA DE DEUS
-Descartes considera que termos a percepção que
existimos não chega para a fundamentação do conhecimento.-Para Descartes, é
essencial descobrir a causa de o nosso pensamento funcionar como funciona e explicar
a causa da existência do sujeito pensante. -Descartes parte das ideias que
estão presentes no sujeito para provar a existência de Deus.-As ideias que
qualquer indivíduo possui são de três tipos: adventícias, factícias e
inatas.-Uma das ideias inatas que todos nós temos na mente é a ideia de
perfeição. É esta ideia que Descartes vai usar como ponto de partida para as
provas da existência de Deus.
PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS
-Descartes apresenta três provas:
»1ª prova: sendo Deus perfeito, tem que
existir. Não é possível conceber Deus como perfeição e não existente»2ª prova:
a causa da ideia de perfeito não pode ser o ser pensante porque este é
imperfeito. A ideia de perfeição só pode ter sido criada por algo perfeito,
Deus.»3ª prova: o ser pensante não pode ter sido o criador de si próprio, pois
se tivesse sido ter-se-ia criado perfeito. Só a perfeição divina pode ter sido
a criadora dor ser imperfeito e finito que é o homem e de toda a realidade.
A IMPORTÂNCIA DE DEUS NO SISTEMA CARTESIANO E A
QUESTÃO DOS ERROS DO SER HUMANO
-Deus, sendo perfeito, não pode ser enganador.
Enquanto perfeição, Deus é garantia da verdade das nossas ideias claras e
distintas (por exemplo: 2+2=4 ou «penso,logo, existo»).-Se Deus é perfeito e
criador do homem e da realidade, então é também o criador das verdades
incontestáveis e o fundamento da certeza.-Segundo Descartes, é Deus que garante
a adequação entre o pensamento evidente (verdadeiro) e a realidade, conferindo
assim validade ao conhecimento.-Deus é a perfeição, ou seja, é o bem, a
virtude, a eternidade, logo, não poderá ser o autor do mal nem responsável
pelos nossos erros.-Se Deus não existisse e não fosse perfeito, não teríamos a
garantia da verdade dos conhecimentos produzidos pela razão, nem teríamos a
garantia de que um pensamento claro e distinto corresponde a uma evidência,
isto é, a uma verdade incontestável. Se Deus não é enganador, então as nossas
evidências racionais são absolutamente verdadeiras.-Se Deus não existisse, para
Descartes, seria «o caos» e nunca poderíamos ter a garantia do funcionamento
coerente da nossa razão nem ter noção de como se tornou possível a nossa
existência.-Os erros do ser humano resultam de um uso descontrolado da vontade,
quando esta se sobrepõe à razão.-Erramos quando usamos mal a nossa liberdade e
quando aceitamos como evidentes afirmações que o não são, logo, Deus não é
responsável pelos nossos erros mas é garantia das verdades alcançadas pela
razão humana.
Fonte: http://fil11.blogspot.com.br/2008/02/descartes-e-o-racionalismo.html
Empirismo
Por Thais Pacievitch
O empirismo é uma doutrina filosófica
que tem como principal teórico o inglês John Locke (1632-1704), que defende uma
corrente a qual chamou de Tabula Rasa. Esta corrente afirma que as pessoas nada
conhecem, como uma folha em branco. O conhecimento é limitado às experiências
vivenciadas, e as aprendizagens se dão por meio de tentativas e
erros.Entende-se por empírico aquilo que pode ter sua veracidade ou falsidade
verificada por meio dos resultados de experiências e observações. Teorias
não bastam, somente através da experiência, de fatos ocorridos observados, um
conhecimento é considerado pelo empirista.A percepção
do Mundo externo e a abstração da realidade realizada na mente humana
são o que faz o homem adquirir sabedoria, segundo o empirismo. Embora tenha se
baseado no cartesianismo de René Descartes, ao contrário deste, Locke não
aceita a existência de idéias inatas resultantes da capacidade de pensar da
razão.Segundo a teoria de Locke (com a qual concordavam os demais empiristas),
a razão, tem a função de organizar os dados empíricos, apenas unir uns dados
aos outros, que lhe chegam através da experiência. Segundo Locke, “nada pode
existir na mente que não tenha passado antes pelos sentidos”, ou seja, as
idéias surgem da experiência externa (via sensação), ou interna
(via reflexão), e podem ser classificadas em simples (como a idéia de
largura, que vêm da visão) ou compostas (a idéia de doença, resultado de uma
associação de idéias).Nesse sentido, qualquer afirmação de cunho metafísico era
rejeitada no Empirismo, pois para essas afirmações não há experimentação,
testes ou controles possíveis.Outro importante teórico empirista foi o
escocês David Hume (1711-1776), que contribuiu com a epistemologia ao
discutir o princípio da causalidade. Segundo Hume, não existe conexão causal, e
sim uma seqüência temporal de eventos, que pode ser observada.Além de John
Locke e David Hume, outros filósofos que são associados ao empirismo são:
Aristóteles, Tomás de Aquino, Francis Bacon, Thomas Hobbes, George Berkeley e
John Stuart Mill.O empirismo causou uma grande revolução na ciência, pois
graças à valorização das experiências e do conhecimento científico, o homem
passou a buscar resultados práticos, buscando o domínio da natureza. A partir
do empirismo surgiu a metodologia científica.
O que é Empirismo:
Empirismo é um movimento que
acredita nas experiências como únicas, e são essas experiências que
formam ideias. O empirismo é caracterizado pelo conhecimento científico, quando
a sabedoria é adquirida por percepções; pela origem das idéias, por onde se
percebem as coisas, independente de seus objetivos ou significados.
Etimologicamente, este termo possui uma dupla
origem. A palavra pode ter surgido a partir do latim e também de uma expressão
grega, derivando de um uso mais específico, utilizado para nomear médicos que
possuem habilidades e conhecimentos de experiências práticas e não da instrução
da teoria.O empirismo consiste em uma teoria epistemológica que indica que todo
o conhecimento é um fruto da experiência, e por isso, uma consequência dos
sentidos. A experiência estabelece o valor, a origem e os limites do
conhecimento.Sendo uma teoria que se opõe ao racionalismo, o empirismo critica
a metafísica e conceitos como os de causa e substância. Segundo o empirismo, a mente
humana é uma "folha em branco" ou uma "tábula rasa", onde
são gravadas impressões externas. Por isso, não reconhece a existência de
ideias natas, nem do conhecimento universal. Os autores mais importantes do
empirismo foram John Locke, Francis Bacon, David Hume e John Stuart Mill.Nos
dias de hoje, o empirismo lógico é conhecido como neopositivismo,
criado pelo círculo de Viena. Dentro do empirismo, existem três linhas
empíricas: a integral, a moderada e a científica.Na ciência, o empirismo é
utilizado quando falamos no método científico tradicional, que é originário do
empirismo filosófico, que defende que as teorias científicas devem ser baseadas
na observação do mundo, em vez da intuição ou da fé, como lhe foi passado.O
empirismo foi definido pela primeira vez pelo filósofo inglês John Locke,
no século XVII. Locke argumentou que a mente seria, um "quadro em
branco" sobre o qual é gravado o conhecimento, cuja base é a sensação, ou
seja, todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido pela experiência,
pela tentativa e erro.
Empirismo e Racionalismo
O Empirismo e Racionalismo são duas
correntes opostas. O Racionalismo aborda o tema do conhecimento a partir das
ciências exatas, enquanto o Empirismo dá mais importância às ciências
experimentais.Segundo o Racionalismo, o conhecimento é alcançado fazendo um bom
uso da razão, e não dos sentidos, porque a informação obtida através dos
sentidos pode estar errada, porque é possível haver engano naquilo que se ouve
ou vê.Empirismo e IluminismoO Iluminismo, também conhecido como
"Época das Luzes", foi um período de transformações na estrutura
social, principalmente na Europa, onde os temas giravam em torno da Liberdade,
do Progresso e do Homem. Ao contrário do empirismo, o iluminismo dava grande
importância à razão, procurando sempre mobilizar o seu poder.Empirismo e
CriticismoO Criticismo é uma corrente filosófica que indica a razão como
imprescindível para se alcançar o conhecimento, não havendo a necessidade do
recurso aos sentidos.Immanuel Kant, criador do criticismo, usou essa filosofia
para trazer um ponto comum entre o empirismo e racionalismo. Kant afirma que a
sensibilidade e o entendimento são duas faculdades importantes na obtenção do
conhecimento, sendo que a informação captada pelos sentidos vai ser modelada
pela razão.
Filósofos que defenderam ideias ligadas ao
empirismo:
- Aristóteles- Tomás de Aquino- Francis Bacon-
Thomas Hobbes- John Locke (considerado o “pai” do empirismo filosófico)- George
Berkeley- David Hume- John Stuart Mill
CeticismoPor Antonio Gasparetto Junior
O Ceticismo Filosófico é exatamente esse
que começa com a escola de Pirro e que se expandiu pela chamada “Nova
Academia” que ampliou as perspectivas teóricas, refutando verdades absolutas e
mentiras. Seus seguidores alegavam a impossibilidade de alcançar o total
conhecimento e adotaram métodos empíricos para afirmar seus conhecimentos.
Assim, o Ceticismo Filosófico se dedicou a examinar criticamente o conhecimento
e a percepção sobre a verdade.
O Ceticismo Científico tem, naturalmente,
ligação com o Ceticismo Filosófico, que é a base de tudo. Porém não são
idênticos e muitos dos praticantes do Ceticismo Científico não concordam as
proposições da corrente filosófica. A corrente científica é a contemporânea, as
pessoas que se identificam como céticas são aquelas que apresentam uma posição
crítica geralmente baseando-se no pensamento crítico e nos métodos
científicos para constatar a validade das coisas. Assim, ganha muita
importância a evidência empírica, o que não quer dizer que os céticos façam seu
uso constantemente. A necessidade de evidências científicas é mais
recorrente na área da saúde, onde os experimentos não podem colocar em risco a
vida das pessoas.Entre os céticos há os chamados desenganadores que dedicam-se
ao combate contra o charlatanismo, expondo suas práticas falsas e
não-científicas. Os religiosos afetados por esses indivíduos, quando chamados a
provar suas convicções, preferem atingir pessoalmente os céticos e não discutir
suas práticas. Por outro lado, há também o pseudo-ceticismo, que, invés de
manter o perfil de questionamento, partem logo para a negação. Assim, o
Ceticismo pode levar a um ciclo vicioso e tornar seu praticante em um fanático
tecnológico.Fontes:http://ceticismo.net/ceticismo/o-ceticismo/http://www.cfh.ufsc.br/~conte/ceticismo.html
O que é Ceticismo:
Ceticismo é um estado de
quem duvida de tudo, de quem é descrente. Um indivíduo cético
caracteriza-se por ter predisposição constante para a dúvida, para a
incredulidade.O ceticismo é um sistema filosófico fundado pelo filósofo grego
Pirro (318 a.C.-272 a.C.), que tem por base a afirmação de que o homem não tem
capacidade de atingir a certeza absoluta sobre uma verdade ou conhecimento
específico. No extremo oposto ao ceticismo como corrente filosófica encontra-se
o dogmatismo.O cético questiona tudo o que lhe é apresentado como verdade e não
admite a existência de dogmas, fenômenos religiosos ou metafísicos.O cético
pode usar o pensamento crítico e o método científico (ceticismo científico)
como tentativa de comprovar a veracidade de alguma tese. No entanto, o recurso
ao método científico não é uma necessidade imperiosa para o cético, podendo
muitas vezes preferir a evidência empírica para atestar a validade das suas
ideias.Ceticismo filosóficoO ceticismo filosófico teve a sua origem na
filosofia grega e consistia em uma negação da validade fundamental de algumas
teses ou correntes filosóficas.Este tipo de ceticismo pressupõe uma atitude que
duvida da noção de verdade absoluta ou conhecimento absoluto. O ceticismo
filosófico se opôs a correntes como o Estoicismo e Dogmatismo.
Ceticismo absoluto e relativo
O ceticismo pode ter alguns graus de intensidade.
Como o próprio nome indica, o ceticismo absoluto, criado por Górgia, revela que
não é possível conhecer a verdade, porque os sentidos enganam. Assim, tudo é
considerado como uma ilusão.Por outro lado, o ceticismo relativo não nega tão
veementemente a possibilidade de conhecer a verdade, negando apenas em parte a
possibilidade do conhecimento, mas ao mesmo tempo admitindo que existe uma
probabilidade. Algumas correntes que apresentavam ideias do ceticismo relativo
são: pragmatismo, relativismo, probabilismo e subjetivismo.
Ceticismo e dogmatismo.
Segundo o filósofo Immanuel Kant, o ceticismo é o
oposto do dogmatismo. Enquanto o dogmatismo indica uma crença numa verdade
absoluta e indiscutível, o ceticismo é próprio de uma atitude de dúvida em
relação a essas verdades ou à capacidade de solucionar definitivamente questões
filosóficas.
Ceticismo científico
O ceticismo científico indica uma atitude baseada
no método científico, que pretende questionar a verdade de uma hipótese ou tese
científica, tentando apresentar argumentos que a comprovem ou neguem.
Ceticismo religioso
Frequentemente, o ceticismo é visto como uma
atitude oposta à fé. Assim, o ceticismo religioso duvida das tradições e
cultura religiosa, questionando também as noções e ensinamentos transmitidos
pelas religiões.
O que é Cético:
Cético é um adjetivo que serve para caracterizar um indivíduo que é apoiante do ceticismo. O cético é uma pessoa que não acredita, que duvida ou se apresenta como incrédulo ou descrente.
As escolas céticas surgiram na Antiguidade como uma
crítica à excessiva confiança na capacidade de resolver definitivamente as
questões filosóficas (dogmatismo). O ceticismo radical de Pirro de
Élis (século III A.C.) punha em dúvida a possibilidade de decidir acerca da
verdade de todo o enunciado.
A nova Academia (Argesilau, Carnêades) buscava um
critério de verosimilhança ou probabilidade. O ceticismo tardio era
ligado ao ceticismo antigo, mas se preocupou, sobretudo, em estudar
as normas do comportamento prático.
O cético é também um sujeito que se recusa a
aceitar uma ideia ou teoria com base na sua popularidade ou na autoridade que
representa ou impõe essa ideia.
Muitas pessoas acreditam que há vida inteligente em
outros planetas, mas eu sou cético a respeito disso.
Céticos do aquecimento global e do clima
A partir do momento em que o aquecimento global
começou a ser um assunto muito debatido, a climatologia se transformou uma área
científica capaz de produzir muita polêmica. Em todo o mundo existem estações
meteorológicas que fazem pesquisa climática, recolhendo dados com o propósito
de ajudar os cientistas a criar modelos informáticos que possibilitem o
acompanhamento das alterações climáticas no mundo.
Os céticos do aquecimento global que é causado pelo
homem (chamado de antropogênico), não são incrédulos a respeito do aquecimento
global em si, mas acreditam que o ser humano e sua atividade não são
responsáveis por esse aquecimento.
O professor da USP, Ricardo Augusto Felício, afirma
que não há provas científicas que suportem o aquecimento global. De igual forma,
o climatologista indica que o nível do mar não está subindo; o efeito estufa é
uma física impossível e a camada de ozônio é uma coisa que não existe. Ele
também revela que todas essas hipóteses têm interesses econômicos escondidos
por trás.
O Ceticismo é a doutrina do
constante questionamento. O termo Ceticismo é de origem grega e significa
exame, seu fundador foi Pirro, no século IV a.C.. Pintor nascido no
Peloponeso, não deixou nenhum escrito filosófico sobre o assunto, mas desenvolveu
um grande interesse por filosofia que o levou a fundar uma escola filosófica
que garantiu sua reputação entre os contemporâneos. Pirro deixou como discípulo
Tímon, que, por sua vez, produziu uma vasta obra escrita da qual só nos
restaram alguns fragmentos. A escola cética criada por Pirro passa por um
período de escuridão com a morte de seu fundador e renasce com Enesidemo, cujo
período de vida não é muito bem determinado, porém sua obra é muito conhecida.
A partir daí aparecem com destaque os nomes de Agripa, Sexto Empírico e Antíoco
de Laodicéia. Até que chega ao fim o período do chamado Ceticismo Antigo.Como
corrente doutrinária, o ceticismo argumenta que não é possível afirmar sobre a
verdade absoluta de nada, é preciso estar em constante questionamento, sobretudo,
em relação aos fenômenos metafísicos, religiosos e dogmáticos. Com o passar do
tempo, o Ceticismo se dividiu em duas linhas, o filosófico e o científico.
Orientações do Trabalho
Grupo 1: Racionalismo
Grupo 2: Empirismo
Grupo 3: Ceticismo
1) O grupo após formado e escolhido o
tema deverá estudar o tema relacionado acima.
2) Cada grupo deve organizar uma
apresentação para os demais alunos da sala
* A apresentação
deve ser apresentada por todos os alunos. TODOS.
*Cada aluno será
avaliado de forma individual e integral
3) O grupo deverá organizar um trabalho
escrito nos formatos da ABNT. As orientações seguem ai no blog.
* O grupo deverá
fazer o trabalho escrito e de forma manual. Não poderão ser impresso. Podendo
ter a letra de um ou mais integrantes do grupo.
4) Data da apresentação: 27 de maio de
2015
5) Data de entrega do trabalho escrito:
04 de junho de 2015
Observações: Caso tenha algum
imprevisto as datas serão passiveis de mudança.
Qualquer dúvida estou a disposição pela
rede social facebook: Guilherme Caiado
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