Senso Comum
O Senso Comum é a soma dos saberes do cotidiano e é formado a partir de hábitos, crenças, preconceitos e tradições. Na filosofia, o termo é utilizado para explicar as interpretações feitas pelos indivíduos à realidade que os cercam sem estudos prévios ou provas científicas.
O
senso comum é transmitido de geração para geração nas sociedades. Por meio dele,
o homem embasa o cotidiano e explica a realidade em que vive.
O senso comum tem como característica a
subjetividade que reflete sentimentos e opiniões construídos por um grupo de
indivíduos. Por conseguinte, pode variar de pessoa para pessoa e de grupo para
grupo
Também
expressam a avaliação qualitativa, pois considera os efeitos produzidos nos
nossos sentidos e órgãos, bem como nos objetos.
Determina o agrupamento de coisas, grupos e fatos. Exemplo: atualmente,
temos a tendência de considerar que toda pessoa muçulmana é terrorista, por
conta dos atentados cometidos por alguns indivíduos dessa religião. Deste modo, o senso comum tem a capacidade de
projetar nas coisas ou no mundo sentimentos de angústia e medo, além de
cristalizar pré-conceitos e prejudicar minorias e indivíduos.
É
preciso entender que o sendo comum é ligado ao instinto, à necessidade que o
homem tem de ser proteger de um ambiente hostil. Na história da filosofia, o
problema do senso comum sempre foi um
ponto de enorme importância e grandes debates. Os filósofos clássicos, como
Sócrates, Platão e Aristóteles, dedicaram-se a refletir sobre isso e situar
esse tema dentro dos problemas que interessam à reflexão filosófica. Grosso
modo, o sentido mais profundo da expressão “senso comum” remete ao tipo de
experiência que é propriamente humana, isto é, a experiência do sofrimento ou
a experiência tradicional. Um
dos elementos que tornam o homem diferente das outras criaturas é a sua
capacidade de refletir sobre o sofrimento, de saber que vai morrer, que pode
ser acometido por catástrofes, doenças, etc.
A
experiência tradicional nos dá os elementos para a compreensão de nossa
condição de seres falíveis. As tragédias antigas (tão valorizadas por
Aristóteles) davam conta dessa experiência. A literatura moderna e
contemporânea também o faz. Sendo assim, o senso comum é o tipo de saber que
busca fornecer orientação ao homem e não deixá-lo repetir os erros do passado.
Por intermédio da experiência, o homem pode exercer virtudes, como a prudência
e a paciência, e aprender a não se deixar levar por aventuras emocionais, que o
desviam para a irracionalidade, bem como não se deixar levar por “sonhos
racionais” de progresso a qualquer custo. Como disse o pintor espanhol Goya, “O
sonho da razão produz monstros”. Não pare agora... Tem mais depois da
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O conceito de senso comum sofreu certa desvalorização após o período do
Renascimento. O humanismo renascentista foi a última corrente de reflexão que
levava em conta o potencial orientador do senso comum. A partir do século XVII,
sobretudo com o desenvolvimento da ciência moderna e da filosofia racionalista
cartesiana, o senso comum passou, de forma geral, a ser identificado como
“falta de rigor metodológico” e a ser rivalizado com o “senso crítico” ou
“senso científico”. Dessa forma, até o início do século XX, eram poucas as
defesas filosóficas que se faziam do senso comum, haja vista que a expressão
havia sido alijada de seu sentido tradicional.
Os filósofos ligados à fenomenologia e à hermenêutica do século XX,
como Heideggere Gadamer, passaram
a refletir novamente sobre o senso comum, colocando-o diante do problema da
historicidade, isto é, da experiência histórica humana. Autores de outras
tradições, como o católico leigo G. K. Chesterton, também passaram a fazer, ao
seu modo, a defesa do senso comum, sobretudo recuperando o seu sentido
tradicional.
Lista de Provérbios e Ditos Populares
1. A
César o que é de César, a Deus o que é de Deus.
2. Água
mole, pedra dura, tanto bate até que fura.
3. A
pressa é a inimiga da perfeição.
4. À
noite todos os gatos são pardos.
5. Antes
só do que mal acompanhado.
6. As
aparências enganam.
7. Apressado
come cru e quente.
8. A
voz do povo é a voz de Deus.
9. Cada
macaco no seu galho.
10. Caiu
na rede, é peixe.
11. Casa
de ferreiro, espeto de pau.
12. Cão
que ladra não morde.
13. Cavalo
dado não se olha os dentes.
14. De
grão em grão, a galinha enche o papo.
15. De
médico e de louco todo mundo tem um pouco.
16. Devagar
se vai ao longe.
17. Deus
ajuda quem cedo madruga.
18. Deus
escreve certo por linhas tortas.
19. Diz-me
com quem andas e eu te direi quem és.
20. É
dando que se recebe.
21. Em
terra de cego quem tem olho é rei.
22. Escreveu,
não leu; o pau comeu.
23. Filho
de peixe, peixinho é.
24. Gato
escaldado tem medo de água fria.
25. Ladrão
que rouba ladrão tem cem anos de perdão.
26. Mais
vale um pássaro na mão do que dois voando.
27. Mentira
tem perna curta.
28. O
barato sai caro.
29. O
hábito faz o monge.
30. Onde
há fumaça há fogo.
31. O
seguro morreu de velho.
32. Para
bom entendedor, meia palavra basta.
33. Para
cima todo santo ajuda.
34. Pimenta
nos olhos dos outros é refresco.
35. Por
ele eu ponho minha mão no fogo.
36. Quando
os porcos bailam adivinham chuva.
37. Quando
um burro fala, o outro abaixa a orelha.
38. Quem
ama o feio, bonito lhe parece.
39. Quem
canta seus males espanta.
40. Quem
casa quer casa.
41. Quem
com ferro fere, com ferro será ferido.
42. Quem
mistura-se com porcos, farelo come.
43. Quem
não tem cão, caça com gato.
44. Quem
pode, pode; quem não pode, se sacode.
45. Quem
ri por último ri melhor.
46. Quem
semeia vento, colhe tempestade.
47. Quem
tem boca vai a Roma.
48. Saco
vazio não para em pé.
49. Uma
andorinha sozinha não faz verão.
50. Um
dia é da caça, outro do caçador.
Disponível em: < https://www.todamateria.com.br/proverbios-e-ditados/
> acesso dia, 25 de fevereiro de 2019
Disponível em: < https://www.todamateria.com.br/senso-comum/
> acesso dia, 25 de fevereiro de 2019
Disponível em: < https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/senso-comum.htm
> acesso dia, 25 de fevereiro de 2019
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